Em um universo vasto e insondável, onde galáxias nascem e morrem em um piscar cósmico, onde estrelas ardem com paixões efêmeras apenas para se extinguirem na escuridão, uma frágil espécie, a humanidade, busca seu propósito. Este mundo silencioso e indiferente, com suas leis inexoráveis, não se curva diante de súplicas, lágrimas ou risos. Não há espaco para moralidade nas órbitas dos planetas ou no brilho das estrelas. A natureza, com sua amoralidade absoluta, não distingue o bem do mal, a alegria da tristeza, a vida da morte.
Aqui, na Terra, um pequeno ponto azul no vasto manto do espaco, seres conscientes olham para o céu, atormentados por questões eternas. O que é o mal? É uma forca da natureza, como a gravidade? Ou é uma construcão humana, nascida da nossa luta para encontrar significado em um mundo que parece não ter nenhum? Mas, talvez, a pergunta mais perturbadora seja: o que significa ser humano em um universo tão vasto e indiferente?
Em nossa busca por respostas, nos voltamos para filósofos, sábios e visionários. Mas suas palavras, por mais profundas que sejam, muitas vezes se perdem no rugido do cosmos. No entanto, uma verdade permanece: a natureza não julga, não escolhe, não favorece. Ela simplesmente é. E no seio dessa indiferenca cósmica, a humanidade tenta compreender sua própria natureza, sua capacidade para o bem e o mal, e seu lugar no grande esquema das coisas.
Assim comeca nossa jornada em "Toxic City", um mergulho na essência mais sombria da existência humana, iluminada, ainda que timidamente, apenas pelas estrelas distantes de um universo sem fim e sem compaixão.
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