CRÔNICAS DE UM QUADRINISTA
SOMOS INEVITÁVEIS.
No último dia 10 de novembro de 2023, A Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do Prêmio Jabuti, anunciou a desclassificação da edição de "Frankenstein" que concorria na categoria de Ilustração. O motivo da exclusão é o uso de uma ferramenta de inteligência artificial (IA) na criação das imagens. A decisão surge em um contexto onde o uso de IA na produção artística gera debates globais, especialmente em relação aos direitos autorais.
As IAs, ferramentas de inteligência artificial, vieram para ficar. Isso é fato. Já é um caminho sem volta. Essa tecnologia já é usada para produzir e facilitar a produção de vídeos de internet, textos para blogs, roteiros de filmes, livros, programação e até elaboração de leis.
E as nossas queridas histórias em quadrinhos não ficariam de fora também. Recentemente o filho do saudoso Osamu Tezuka, considerado o Deus dos Mangás, anunciou a produção de um capítulo de Black Jack, um dos mangás do mestre, com utilização de duas IAs. Há uma discussão sobre a utilização dessa tecnologia que tem permeado a produção e também o mercado.
O maior problema apresentado é que as IAs se utilizam de dados de outros artistas para fazer as produções que lhe são solicitadas. Outro problema apontado seria que a utilização dessa ferramenta poderá impactar na contratação de artistas, onde pessoas que não sabem desenhar, por exemplo, usarem a IA para fazer os desenhos que por muitas vezes supera em tempo e qualidade os que são feitos pelos humanos.
Algumas pessoas alegam que a utilização de um banco de dados com artes e estilos de vários artistas pelas IAs se configuram como sendo plágio, roubo de arte, infração de direito autoral. Isso é uma linha tênue, o processo de aprendizagem passa pelo ato de observar e replicar o que já existe. Nós humanos fazemos isso constantemente, automaticamente desde que nascemos. Até a discussão sobre direito autoral tem se tornado delicada e passiva de uma nova discussão. Há algumas propostas de regular o acesso das artes para as IAs, sou a favor disso, mas acredito que o que foi posto na internet antes de uma regulamentação dificilmente seria controlado.
Já sobre o impacto no mercado acredito que o próprio mercado vai regular de forma natural, se não houver regulamentação sobre isso como no caso da desclassificação que relatei no início do texto. Há pessoas que não gostam de arte digital, eu particularmente prefiro arte produzida tradicionalmente. Há alguns artistas que utilizam arte digital e conseguem emular uma arte tradicional, mas a maioria fica aquela cara de copia e cola, duro, travado. Ou seja, mesmo com arte digital pipocando por aí ainda há demanda de produções feitas no tradicional ou que emulem isso.
E você? O que acha disso tudo? Deixe seu comentário e contribua com a discussão!
Obrigado por ler.
^_^x
Publicado em 05/12/2023
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